As cotações do milho continuam em queda no Brasil, pressionadas por estimativas que indicam produção elevada tanto no cenário nacional quanto internacional. Segundo dados do Cepea, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) registrou o menor patamar nominal desde janeiro, refletindo a tendência de desvalorização do cereal.
No Brasil, o clima tem favorecido as lavouras da segunda safra, especialmente em regiões centrais do país, o que reforça as projeções otimistas quanto à produtividade. Já nos Estados Unidos, o ritmo acelerado da semeadura, aliado ao clima benéfico, também colabora para uma perspectiva global de maior oferta de milho.
Diante desse cenário, os compradores brasileiros adotam uma postura cautelosa, optando por se afastar temporariamente do mercado na expectativa de quedas adicionais nos preços para, assim, recomporem os estoques a custos mais baixos. Por outro lado, os vendedores tentam escoar os volumes remanescentes da safra 2023/24 e da atual safra verão 2024/25, diante de um mercado cada vez mais pressionado.
A combinação entre oferta elevada e retração da demanda sustenta o movimento de baixa nos preços e coloca em alerta produtores que precisam ajustar suas estratégias comerciais frente às incertezas do mercado.