O mercado de ovos encerra o mês de maio com baixa liquidez e recuo nos preços em todas as regiões monitoradas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). De acordo com agentes consultados, o ritmo lento nas vendas ao longo do mês resultou em acúmulo de estoques nas granjas, o que aumentou a pressão sobre os preços da proteína.
A dificuldade de escoamento da produção, comum no fim de mês devido à redução do poder de compra da população, intensificou o cenário de desvalorização. No entanto, a virada do mês costuma vir acompanhada de um aquecimento típico na demanda, o que pode reverter parcialmente essa tendência de baixa.
Outro fator que pode contribuir para o reequilíbrio do mercado é o descarte de poedeiras mais velhas em algumas regiões produtoras, medida que colabora para a redução da oferta de ovos no curto prazo. Essa estratégia pode ajudar a sustentar os preços, caso o consumo volte a ganhar fôlego nas próximas semanas.
A expectativa do setor é de que a combinação entre o avanço do consumo e o ajuste na oferta melhore o fluxo de vendas e estabilize os valores, trazendo alívio aos produtores que enfrentaram margens mais apertadas em maio.