Para intensificar o monitoramento fitossanitário na bananicultura, o município de Guaratuba, no Litoral do Paraná, recebeu recentemente uma ação de vigilância ativa com o uso de drones, promovida pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). O objetivo é prevenir e controlar pragas quarentenárias que representam risco potencial à produção, ampliando o alcance e a eficiência das inspeções nas lavouras.
A iniciativa marca um avanço no uso de tecnologias de precisão na defesa agropecuária estadual. Segundo Paulo Marques, chefe da Divisão de Fruticultura da Adapar e coordenador da ação, os drones têm se mostrado uma ferramenta estratégica por permitirem maior agilidade nas inspeções, o a áreas remotas e aumento expressivo no número de plantas monitoradas. As imagens de alta resolução captadas durante os sobrevoos facilitam a detecção precoce de sintomas de pragas e doenças, otimizando as intervenções e reduzindo custos operacionais.
A expectativa, segundo Marques, é de que a experiência em Guaratuba contribua para a criação de uma metodologia padronizada de uso de drones nos levantamentos fitossanitários, com posterior proposta de regulamentação junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
No Paraná, a Adapar já vem utilizando a tecnologia em outras frentes, como a fiscalização sanitária de aves de subsistência no Litoral, com foco na prevenção à Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, além de ações para conservação do solo em áreas agrícolas. Escritórios Regionais e outras divisões da agência também vêm incorporando drones em suas rotinas, consolidando um movimento de modernização e ampliação da biosseguridade agropecuária.
A produção de banana no Paraná em 2023 alcançou 160,8 mil toneladas, cultivadas em 7,7 mil hectares, conforme dados da Seab/Deral. O setor gerou um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 213,3 milhões, representando 5,38% do VBP da fruticultura no estado. Guaratuba, maior polo produtor, concentrou 47% da produção estadual, com 3,2 mil hectares cultivados e cerca de 77 mil toneladas colhidas.
A ação reforça o compromisso do Paraná com a sustentabilidade e segurança sanitária na fruticultura, apostando em inovação tecnológica como aliada da produtividade e da competitividade no campo.
