Você já parou para pensar no que realmente significa se arrepender? Não falo do arrependimento pontual, aquele que reconhece um erro cometido. Estou falando desse sentimento crônico e paralisante, que nos prende em ciclos de culpa e sofrimento, como se pudéssemos voltar no tempo e editar a nossa própria história.
A verdade é que o ado não muda. Ele é o que é — e o que foi vivido serve como livro de lições, não como cela de punição. É tentador revisitar antigos erros com o olhar maduro de hoje, mas isso é injusto com quem você foi.
Eu olho para trás e, sim, vejo atitudes que não repetiria. Mas não sou mais aquele enrico de 14 anos. Hoje, com 37, entendo que cada escolha foi feita com a maturidade e a consciência que eu tinha na época. E isso basta. O eu de ontem não tinha as ferramentas que o eu de hoje carrego.
O que muda tudo é a maneira como escolhemos lidar com isso. Podemos carregar o peso da culpa ou usá-lo como degrau de crescimento. Podemos nos torturar com o “e se…” ou nos perguntar: “o que aprendi com isso">