Mato Grosso está projetado para ser o estado com o maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) industrial no Brasil em 2025, com uma alta estimada de 6,7%. Essa previsão otimista, divulgada pela Resenha Regional do Banco do Brasil, aponta a agroindústria como a principal força motriz desse avanço.
A robusta expansão será impulsionada, em grande parte, pelo processamento de produtos agrícolas, pela crescente produção de biocombustíveis e por incentivos fiscais. Mato Grosso se consolida, assim, como o grande responsável pelo desenvolvimento industrial do Centro-Oeste, região que deve ver seu setor crescer 3,9% neste ano.
Enquanto a indústria brasileira como um todo deve crescer apenas 1,9% em 2025, o desempenho de Mato Grosso é notável, superando em mais de três vezes a média nacional. A análise do Banco do Brasil ressalta que o resultado mato-grossense será determinante para o bom desempenho do Centro-Oeste, que se destacará frente a regiões industriais tradicionais como o Sudeste (1,4%) e o Sul (2,6%).
Logo após Mato Grosso, Pará, Piauí e Paraíba aparecem empatados na segunda posição do ranking de crescimento industrial, com uma alta prevista de 4,5%.
Verticalização e Biocombustíveis: Os pilares da expansão 43y4x
O estudo enfatiza o protagonismo crescente da agroindústria na economia mato-grossense. A produção de soja e milho, aliada à aplicação de tecnologias de precisão e à melhoria da logística, tem gerado um efeito cascata positivo nas cadeias produtivas, especialmente nos setores de alimentos e, de forma expressiva, nos biocombustíveis.
Vinicius Hideki, coordenador de estudos econômicos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), confirma essa conexão: “Cerca de 30% da soja e do milho produzidos no Estado já são processados localmente, o que representa um avanço importante na verticalização da produção”.
Mato Grosso já é líder nacional em diversos segmentos, como o de frigoríficos, respondendo por 18% da produção nacional de carnes. Além disso, destaca-se como o maior produtor de biodiesel do país e lidera a produção de etanol de milho, com 72% de participação no mercado nacional. Esse domínio nos biocombustíveis não só impulsiona o crescimento, mas também gera novas oportunidades de emprego na indústria local.