Artesãos de Mato Grosso ganham espaço nacional e ampliam vendas no Salão do Artesanato 2w3t1s

Com estande institucional em São Paulo, artesãos de Mato Grosso conquistam visibilidade, fortalecem a cultura local e impulsionam a renda com vendas na 19ª edição do Salão do Artesanato. 1h5s5a

Fonte: CenárioMT

Artesãos ganham espaço nacional e ampliam vendas no Salão do Artesanato
Artesãos ganham espaço nacional e ampliam vendas no Salão do Artesanato - Foto: Assessoria Sedec-MT

Artesãos de Mato Grosso estão em destaque na 19ª edição do Salão do Artesanato – Raízes Brasileiras, realizada entre 21 e 25 de junho no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. A participação foi viabilizada por um estande institucional cedido pelo Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), com organização da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), por meio da Adjunta de Turismo e da Coordenadoria de Artesanato.

O espaço reúne dez artesãos que representam a diversidade cultural mato-grossense, incluindo representantes da Associação Tecearte, Nei Roberto (Várzea Grande), Vilma Santos (São José do Rio Claro), Francisca Gomes (Cuiabá) e seis indígenas das etnias Mehinako, Waurá e Umutina. Juntos, eles expõem mais de 300 peças artesanais, como bordados, miçangas, cerâmicas, esculturas em madeira, arte com sementes, flores, folhas e argila.

Na edição anterior, os artesãos do Estado comercializaram cerca de R$ 300 mil em produtos, o que gera expectativa positiva para esta participação. Segundo Júlia Assis, superintendente de Política e Promoção do Turismo da Sedec, “a feira fortalece o setor e valoriza a cultura de Mato Grosso”.

Ney Roberto, artesão de Várzea Grande, destaca que eventos como esse transformaram sua carreira. “Graças a essa feira, hoje vivo exclusivamente do artesanato em madeira há mais de 12 anos”, contou. Já Vilma Santos, de São José do Rio Claro, vê na feira uma vitrine importante. “Nosso trabalho tem sido muito bem aceito e isso abre portas com lojistas e arquitetos”, afirmou.

Os indígenas Mehinako, da aldeia Kaupüna no Xingu, também participam do evento. Eles já realizam vendas internacionais para países como Japão, Estados Unidos e Canadá. Para Kayanaku Mehinako, “expor as peças é uma forma de valorizar a cultura e mostrar a arte dos povos originários ao Brasil”.

O Salão do Artesanato é um dos eventos mais relevantes do setor no país e promove não só vendas, mas também a formação de redes de contato e valorização da identidade cultural. A seleção dos participantes de Mato Grosso seguiu critérios técnicos do PAB, com base na diversidade das tipologias artesanais reconhecidas no Estado.