A centralização dos atendimentos a vítimas de violência doméstica em Cuiabá, que agora se concentram apenas no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) após o fechamento das salas nas UPAs do Verdão e Jardim Leblon em março, tem gerado preocupação no Ministério Público de Mato Grosso. A medida, que restringiu o o, está resultando em longas filas de espera por serviços terapêuticos.
A promotora de Justiça Claire Vogel Dutra, coordenadora do Núcleo das Promotorias de Justiça Especializadas no Enfrentamento da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Capital, instaurou uma notícia de fato para investigar a denúncia de falta de equipes técnicas no HMC para o atendimento a vítimas e seus familiares.
O procedimento, iniciado em 28 de março, considera que a centralização fere as diretrizes de o pleno aos serviços de acolhimento, dificultando a locomoção das vítimas em busca de e psicossocial. Relatos de mulheres atendidas pelo Espaço Caliandra, uma iniciativa do Núcleo, indicam a ausência de equipe e uma fila de espera de aproximadamente 300 mulheres.
Claire Dutra lembrou que, somente no ano ado, 11.653 ocorrências de violência doméstica e familiar contra a mulher foram registradas em Cuiabá, e a Secretaria Municipal da Mulher já havia sido notificada sobre a situação.
A vereadora Maysa Leão (Republicanos) também questiona a centralização, apontando que a ausência de estrutura leva organizações não governamentais (ONGs) a assumir casos graves. Ela citou o caso da adolescente Emelly Azevedo Sena, cuja família está sendo atendida por uma ONG. “Nós não temos capacidade de fornecer psicoterapia, um acolhimento adequado até a alta para essas mulheres”, indagou a vereadora.
Readequação e desafios 5n5w6u
Em março, a Prefeitura de Cuiabá informou que a centralização visava melhorar a qualidade dos serviços e readequar os espaços, em cumprimento a uma determinação do Ministério da Saúde. Segundo a gestão municipal, os espaços nas UPAs ariam por adequações para atender às normas sanitárias e de segurança, uma vez que, na gestão anterior, teriam sido construídos de forma inadequada, obstruindo a entrada de ambulâncias. A Prefeitura afirmou que o remanejamento seria pelo menor tempo possível.