Embrapa sinaliza destrave para uso sustentável em áreas úmidas do Araguaia e Guaporé, Mato Grosso 551g3r

A iniciativa surge em resposta a normas estaduais 2c5l72

Fonte: CENÁRIOMT

Embrapa sinaliza destrave para uso sustentável em áreas úmidas do Araguaia e Guaporé, Mato Grosso
Embrapa sinaliza destrave para uso sustentável em áreas úmidas do Araguaia e Guaporé, Mato Grosso

Uma luz no fim do túnel para produtores rurais do Araguaia e do Guaporé, em Mato Grosso, que há anos enfrentam entraves legais para trabalhar em áreas úmidas. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) acaba de receber pareceres técnicos da Embrapa que podem pavimentar o caminho para um uso sustentável dessas planícies alagáveis.

O estudo da Embrapa, encomendado após uma articulação que envolveu desde a Assembleia Legislativa de Mato Grosso até universidades e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, busca definir critérios claros para o manejo dessas áreas, separando o que pode ser utilizado de forma responsável daquilo que precisa ser preservado. A iniciativa surge em resposta a normas estaduais que, ao impor restrições consideradas excessivas e conflitantes com o Código Florestal, têm gerado insegurança jurídica e paralisado atividades agropecuárias tradicionais na região.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, foi enfático ao afirmar que o objetivo é dar legalidade ao setor, desde que não haja desmatamento. Ele criticou tentativas de criar obstáculos burocráticos que tiram a competitividade dos produtores, referindo-se à polêmica sobre a definição e as limitações de uso das áreas úmidas.

A expectativa é que os pareceres da Embrapa, embasados em estudos técnicos e científicos específicos para as características do solo e da vegetação do Araguaia e do Guaporé, ofereçam um caminho para a regularização ambiental das propriedades. A chancela da Embrapa é vista como fundamental para dar segurança jurídica aos produtores e para que o estado de Mato Grosso possa finalmente regulamentar o uso dessas áreas de acordo com a legislação federal e as melhores práticas ambientais.

A questão central reside em um conflito entre a legislação estadual, que classificou extensas áreas como de “uso ”, e o Código Florestal, que permite o uso sustentável de áreas úmidas com licenciamento ambiental. A divergência tem impedido a emissão de licenças e causado prejuízos significativos ao setor produtivo. Os estudos agora apresentados buscam dirimir essas dúvidas e fornecer um embasamento técnico para uma regulamentação mais equilibrada e justa.

Sou Dayelle Ribeiro, redatora do portal CenárioMT, onde compartilho diariamente as principais notícias que agitam o cotidiano das cidades de Mato Grosso. Com um olhar atento para os eventos locais, meu objetivo é informar e conectar as pessoas com o que acontece em suas cidades. Acredito no poder da informação como ferramenta de transformação e estou sempre em busca de trazer conteúdo relevante e atualizado para nossos leitores. Vamos juntos explorar as histórias que moldam nosso estado!