A Justiça Federal determinou a proibição de o de um vereador de Várzea Grande (MT) a qualquer unidade de saúde do município sem prévia autorização. A decisão foi emitida pela 2ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do estado, após solicitação do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT).
O caso que motivou a decisão ocorreu no início de março, quando o parlamentar invadiu o consultório de uma médica durante o plantão, no Pronto-Socorro de Várzea Grande. Segundo o boletim de ocorrência, o vereador entrou na sala sem permissão e começou a gravar um vídeo criticando o atendimento, afirmando que a profissional “sumiu”. Para não ser exposta nas imagens, a médica relatou ter se trancado no banheiro por cerca de 30 minutos.
A médica denunciou o caso à polícia e, posteriormente, relatou que não conseguiu mais retornar ao trabalho por se sentir coagida e abalada emocionalmente, optando por pedir demissão do hospital.
A medida judicial determina que, em caso de descumprimento, o parlamentar poderá ser multado.
Histórico de polêmicas 1w576w
O vereador, que atualmente integra a Comissão de Ética Parlamentar e outras comissões da câmara municipal, já esteve envolvido em outros episódios controversos. Em 2021, foi preso por promover uma festa com aglomeração durante a pandemia de Covid-19, além de desacatar guardas e policiais. Na ocasião, se recusou a apresentar documentos e teria ameaçado os agentes afirmando que prejudicaria suas promoções. Equipes da Vigilância Sanitária também estiveram no local e aplicaram multas pela infração às normas sanitárias.
A repercussão do episódio mais recente reacende debates sobre conduta de agentes públicos em Mato Grosso e os limites da atuação parlamentar em espaços de atendimento à população.