Mato Grosso abaixo da média nacional em desenvolvimento social e ambiental, aponta novo índice 5r6129

O estado alcançou 59,78 pontos, enquanto a média do país é de 61,96 em uma escala de 0 a 100. 63c52

Fonte: CENÁRIOMT

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Mato Grosso abaixo da média nacional em desenvolvimento social e ambiental, aponta novo índice - Foto: Marcos Vergueiro/Secom-MT

Um levantamento divulgado nesta sexta-feira (30) revela que Mato Grosso ficou abaixo da média nacional no Índice de Progresso Social (IPS) Brasil 2025, que avalia o desenvolvimento dos estados com base em indicadores sociais e ambientais. O estado alcançou 59,78 pontos, enquanto a média do país é de 61,96 em uma escala de 0 a 100.

O IPS considera uma série de componentes, como o à saúde, educação, segurança, inclusão social e qualidade do meio ambiente. Nesse último critério, o desempenho de Mato Grosso foi particularmente prejudicado pelos baixos índices, refletindo o avanço do desmatamento, das queimadas e das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).

O relatório aponta que a Amazônia Legal, da qual Mato Grosso faz parte, registrou a pior nota em qualidade do meio ambiente. Isso se deve ao desmatamento acumulado, à alta concentração de emissões de GEE, ao aumento das queimadas, à perda de cobertura vegetal e à baixa proporção de áreas verdes nas zonas urbanas, que agravam a situação.

Desempenho e impacto nas cidades 67486y

No ranking nacional, o Distrito Federal, São Paulo e Santa Catarina lideram. Na outra ponta, os piores resultados são dos estados da Amazônia Legal, como Acre, Maranhão e Pará. Apesar de estar abaixo da média, Mato Grosso se posicionou à frente de outros 12 estados, incluindo Amazonas, Bahia e Rondônia, mas ficou atrás de vizinhos como Mato Grosso do Sul e Goiás, que apresentaram melhores condições gerais de progresso social.

O IPS é uma ferramenta que mede o desenvolvimento para além de indicadores econômicos como o Produto Interno Bruto (PIB) ou a renda, focando nas condições reais de vida da população. Ao todo, 12 componentes são avaliados para compor o Índice, são eles:

  • Nutrição e Cuidados Médicos Básicos
  • Água e Saneamento
  • Moradia
  • Segurança Pessoal
  • o ao Conhecimento Básico
  • o à Informação e Comunicação
  • Saúde e Bem-Estar
  • Qualidade do Meio Ambiente
  • Direitos Individuais
  • Liberdades Individuais e de Escolha
  • Inclusão Social
  • o à Educação Superior

De acordo com o relatório, os municípios mato-grossenses localizados no chamado “arco do desmatamento” apresentam resultados críticos. A destruição de florestas nativas e de vegetação secundária avança de forma acelerada, acompanhada por uma alta concentração de focos de calor que comprometem diretamente a sustentabilidade do estado.

Além disso, as cidades também sofrem com a baixa cobertura de áreas verdes nas zonas urbanas, o que agrava os efeitos das mudanças climáticas, como ondas de calor, seca e problemas de saúde pública relacionados à má qualidade do ar. O relatório alerta que essa realidade afeta não só o meio ambiente, mas também a saúde, a economia e o bem-estar da população.

O IPS é uma ferramenta internacional coordenada no Brasil pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) em parceria com diversas instituições. Um ranking do Imazon elegeu as cidades brasileiras com melhor e pior qualidade de vida, sendo as melhores localizadas em estados como São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná e o Distrito Federal. Por outro lado, todas as cidades com o pior índice de qualidade de vida fazem parte da Amazônia Legal, com o Pará liderando essa lista, tendo 12 das vinte cidades com os piores índices.

Jornalista apaixonada por astrologia, bem-estar animal e gastronomia. Atualmente, atuo como redatora no portal CenárioMT, onde me dedico a informar sobre os principais acontecimentos de Mato Grosso. Tenho experiência em rádio e sou entusiasta por tudo que envolve comunicação e cultura.