Mato Grosso tem se consolidado como referência no enfrentamento às facções criminosas, graças a uma política rigorosa de combate ao crime e investimentos estratégicos na área de segurança pública. A constatação foi feita por um alto representante da Secretaria Nacional de Segurança Pública, durante a abertura do 4º curso de Planejamento de Operações de Repressão Qualificada, realizado em Cuiabá.
Segundo o secretário nacional substituto, o avanço no combate à criminalidade em Mato Grosso é visível e representa uma revolução na segurança pública, destacando que o estado é hoje um exemplo para todo o Brasil. Ele ressaltou que, em uma visita feita há dez anos, o cenário era completamente diferente, e que atualmente a política de Tolerância Zero contra as facções é uma referência nacional.
O curso, promovido em parceria entre a Polícia Civil do estado e a Secretaria Nacional de Segurança Pública, visa qualificar profissionais das polícias civis de todo o país para atuar nas investigações de organizações criminosas.
O secretário nacional enfatizou o impacto da política estadual, evidenciada até em outdoors no aeroporto, como um símbolo da postura firme adotada contra o crime organizado. Para ele, o modelo mato-grossense deve servir como inspiração em todas as suas atuações futuras.
O governador do estado atribuiu os resultados positivos à combinação de investimentos recordes na segurança e ao empenho dos servidores públicos. Nos últimos anos, Mato Grosso nomeou mais de 2.700 agentes, modernizou a frota com veículos e aeronaves, equipou as forças de segurança com armamento avançado, implementou rádio digital em toda a extensão do estado, criou a Patrulha Rural e ampliou em quase 5 mil vagas o sistema prisional.
Essas medidas levaram à redução dos principais índices de criminalidade no estado. O governador destacou ainda os desafios das leis nacionais consideradas brandas, reforçando a importância da capacitação para desmantelar as finanças das facções, atacando suas fontes de receita.
O evento contou também com a presença de secretários estaduais de Segurança e Justiça, a delegada-geral da Polícia Civil e demais autoridades e profissionais envolvidos no curso.