PF deflagra nova fase da Operação Sisamnes e afasta juiz em Mato Grosso por suspeita de venda de sentenças 5p2855

Mandados de busca e apreensão são cumpridos em Mato Grosso, enquanto a investigação revela lavagem de dinheiro para ocultar pagamento de propinas milionárias em decisões judiciais 1v5e2w

Fonte: CenárioMT

PF deflagra nova fase da Operação Sisamnes e afasta juiz em Mato Grosso por suspeita de venda de sentenças
PF deflagra nova fase da Operação Sisamnes e afasta juiz em Mato Grosso por suspeita de venda de sentenças - Foto ilustrativa: PMMT

A Polícia Federal (PF) intensificou as investigações sobre um esquema de corrupção no Tribunal de Justiça do Mato Grosso com a deflagração da oitava fase da Operação Sisamnes, nesta quinta-feira (29). Conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), um magistrado foi afastado das funções públicas em decorrência das suspeitas.

Segundo a PF, as apurações identificaram que os envolvidos utilizaram operações financeiras para lavar dinheiro e dissimular pagamentos milionários de propina, feitos em troca de decisões judiciais favoráveis. Para conter a movimentação dos investigados, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão no estado, além do sequestro de bens e valores que somam cerca de R$ 30 milhões. Os suspeitos tiveram o aporte apreendido e estão proibidos de deixar o país.

Essa fase da operação ocorre logo após a sétima etapa, que desarticulou um grupo paramilitar, composto por militares e civis, dedicado à espionagem de autoridades, incluindo membros do STF e senadores. O grupo, conhecido como “C4” (sigla para “Comando de Caça Comunistas, Corruptos e Criminosos”), também é investigado pelo envolvimento no assassinato de um advogado em Cuiabá no final de 2023.

O advogado assassinado tem papel central na investigação que desvendou o suposto esquema dentro do Judiciário do Mato Grosso. A partir da análise do celular dele, a Polícia Federal conseguiu identificar indícios de pagamento de propina a membros do Poder Judiciário e sua influência sobre assessores do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o que motivou a transferência das investigações para o Supremo Tribunal Federal.