Em um esforço para romper barreiras de preconceito e silêncio, o projeto “Saúde e Bom Viver“ dedicou o mês de maio a abordar um tema crucial: a prevenção e o tratamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) entre a população LGBTQIAPN+ que está privada de liberdade. A iniciativa, resultado de uma parceria com o Serviço de Assistência Especializada e o Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE-CTA) da Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande, priorizou a escuta ativa, a orientação e um cuidado verdadeiramente humano.
Os encontros aconteceram no auditório do Centro de Ressocialização Ahmenon Lemos Dantas, contando com o apoio da equipe de saúde prisional e da Superintendência de Políticas Penitenciárias da Secretaria de Estado de Justiça de Mato Grosso (Sejus). Foram duas sessões em maio, alcançando cerca de 50 pessoas privadas de liberdade (PPL).
Sob a liderança da enfermeira Hellen Cristina Almeida, que chefia a equipe de saúde da Unidade Básica Prisional, o projeto ofereceu testagem rápida para ISTs, promoveu rodas de conversa e disponibilizou educação em saúde. O foco principal foi combater o estigma associado às ISTs e à comunidade LGBTQIAPN+, além de reforçar a importância da valorização da vida.
“A gente não leva só informação, mas também cuidado, escuta e presença. São pessoas que precisam ser vistas como sujeitos de direito, inclusive o direito à saúde, ao respeito e à prevenção”, destaca Hellen.
O projeto “Saúde e Bom Viver” reafirma o compromisso com uma saúde pública mais justa e inclusiva, especialmente em ambientes onde o o à informação e aos cuidados básicos ainda enfrenta limitações significativas. Iniciativas como essa vão além da política institucional, consolidando a ressocialização como um genuíno ato de humanidade.