A Polícia Civil de Mato Grosso desvendou a atuação de um grupo criminoso que, além de arrombar e furtar um caixa eletrônico do Bradesco na Prefeitura de Sorriso, está envolvido em outros sete furtos a terminais de autoatendimento e em um esquema de lavagem de dinheiro.
As descobertas são resultado da Operação Chave Mestra, deflagrada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e pela Delegacia de Sorriso na última quarta-feira (14.5).
As investigações revelaram que, após subtraírem R$ 300 mil do caixa eletrônico em Sorriso em agosto do ano ado, os criminosos aram a noite em Sinop. No dia seguinte, realizaram 39 depósitos em dinheiro vivo em diferentes agências bancárias da cidade, utilizando “laranjas” como destinatários. O objetivo era dificultar o rastreamento do dinheiro roubado antes de retornarem para São Paulo. Os destinatários dos depósitos eram todos da cidade de Mauá (SP), onde o grupo havia alugado o carro utilizado no crime.
As diligências policiais permitiram identificar a divisão de tarefas dentro da organização criminosa, que contava com núcleos de liderança e finanças, logística (responsável pelo transporte e pela aquisição de um dispositivo eletrônico para ar por pedágios sem parar), execução do furto (os quatro indivíduos que foram até Sorriso) e lavagem de dinheiro (responsáveis por receber e ocultar os valores roubados). A mulher que alugou o veículo em São Paulo é mãe do líder do grupo.
As investigações da Polícia Civil de Mato Grosso, iniciadas para solucionar o furto em Sorriso, conectaram o mesmo grupo a outros sete furtos de caixas eletrônicos ocorridos entre julho de 2024 e março de 2025 em Minas Gerais e São Paulo.
As provas coletadas pela GCCO serão compartilhadas com as polícias civis dos respectivos estados para auxiliar nas investigações locais.
