Um relatório técnico preliminar elaborado por pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) aponta fortes indícios de envenenamento como causa das mortes de seis macacos-prego na cidade de Sinop, no norte do estado, no início de maio. De acordo com o documento, os animais apresentaram sinais compatíveis com intoxicação por compostos inibidores de colinesterase, substâncias que afetam o sistema nervoso central.
A investigação revelou que os macacos possivelmente ingeriram porções de frutas contaminadas, como bananas, identificadas no conteúdo gástrico durante as necropsias. A análise comparativa da atividade enzimática em dois animais mortos, um que sobreviveu após tratamento e outro não exposto, reforça a hipótese de envenenamento deliberado.
O relatório já foi encaminhado à Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Mato Grosso, que deverá encaminhá-lo ao Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN-MT), ao Laboratório de Apoio à Saúde Animal (Lasa) e à Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) para aprofundamento dos exames. Os resultados finais estão previstos para a primeira quinzena de julho.
Os animais foram encontrados entre os dias 9 e 10 de maio em pontos distintos da zona urbana, como a avenida das Sibipirunas e ruas das Sálvias e Umaris. Segundo o relatório, todos apresentavam sintomas graves, incluindo dificuldade motora e respiratória, convulsões, secreção sanguinolenta na região oronasal e morte súbita. Entre os mortos estão quatro machos jovens e duas fêmeas adultas. Um macho adulto foi tratado e sobreviveu.
Como medida preventiva, o Parque Florestal de Sinop segue fechado ao público até que os laudos definitivos sejam concluídos.