Mato Grosso celebrou os 25 anos do Parque Estadual Mãe Bonifácia com a entrega de duas obras revitalizadas: a concha acústica e o coreto. Os trabalhos foram conduzidos pelo artista plástico Victor Hugo e apresentados no domingo (8), encerrando a programação da Virada Sustentável.
Um dos destaques da revitalização foi a pintura de uma onça gigante no fundo da concha acústica. Segundo o artista, o animal representa a força e a proteção da fauna pantaneira. “A onça é a protetora da floresta. Deu muito trabalho, mas foi muito gratificante”, afirmou Victor Hugo.
A secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, destacou que a arte se tornará um novo ponto instagramável no parque. A proposta surgiu durante a primeira edição da Virada Sustentável e ganhou vida nesta comemoração. “Nada mais simbólico do que representar a onça, símbolo da nossa fauna, neste local cultural e artístico”, declarou.
Já a coordenadora do Instituto Rumo, Tatiana Montório, destacou que a parceria com a Secretaria de Meio Ambiente representa apenas o início de uma série de ações futuras. “Estamos dando o pontapé inicial de uma parceria a longuíssimo prazo”, afirmou.
A programação do domingo também incluiu a premiação do concurso de desenho sobre biodiversidade, promovido pela Sema em parceria com a Secretaria de Estado de Educação. Ao todo, 74 escolas participaram. “Cada uma das 13 Diretorias Regionais de Educação teve um vencedor, e na Metropolitana, dois”, explicou Mozara Zasso Spencer Guerreiro, secretária adjunta de Gestão Regional.
Outro destaque foi a “Caminhada Afro – Rota da Mãe Bonifácia”, que levou os participantes a um percurso com seis paradas temáticas sobre a história do cerrado, dos quilombos e da curandeira que dá nome ao parque. “Foi uma viagem no tempo, com beleza, romantismo e também dor”, comentou a estudante Ana Maria Oliveira, 25 anos.
Mãe Bonifácia foi uma curandeira escravizada no século XIX e teve papel relevante na resistência à escravidão. Pesquisadores apontam que o córrego que atravessa o parque servia de rota de fuga para escravizados em busca de liberdade.
O parque foi oficialmente criado em junho de 2000, mas sua transformação em Unidade de Conservação de Interesse Local ocorreu em 1992. A Virada Sustentável 2025 foi realizada pela Sema e Instituto Virada Sustentável, com apoio de órgãos públicos e patrocínio da Rumo Logística, via Instituto Rumo.
